15 julho 2010
Recordar sim, é Viver !
Tenho um péssimo hábito, preciso confessar. Roubo revistas na casa de minha noiva. Revistas que seu pai assina, mas as vezes quando ele ainda nem tirou do plástico, elas já foram parar em minha mochila. Nesta confissão declaro que Marcela (minha noiva), é minha cúmplice, pois vê meus atos larápios e nada faz além de rir.Bom, este mal hábito me trouxe a tal reflexão. Na revista Galileu de Julho deste ano, traz em sua reportagem de capa o seguinte título: "Uma cura para os seus medos" . Quando vi tal inscrição perguntei a mim mesmo se a Galileu havia mudado da Editora Globo para Sextante, pois mais parecia um título de livro de Auto Ajuda. Mas não era isso. Esta reportagem nada tem de auto ajuda, mas algo científico e bem elaborado de coisas que acontecem nos bastidores da ciência que nós nem fazemos idéia. Tal escrito traz relatos de pessoas que foram vítimas de traumas e experimentaram o chamado transtorno pós traumático. Algumas pessoas foram vítimas de sequestro, outras perderam parentes em acidentes de avião, outras foram testemunhas de assassinatos. Todas desenvolveram o tal transtorno, e sem tirar os méritos dos terapeutas, estão conseguindo ou já conseguiram superar tal patologia através do trabalho dos mesmos.Mas o mais interessante ainda está por vir. Agora eu escrevo para aqueles que não gostam de se sentar no sofá comigo e assistir os filmes que coleciono, pois um deles, "Brilho Eterno de uma mente sem lembranças" foi citado. Neste caso eu faço um trocadilho muito casual "A vida imita a arte", pois os nossos cientistas querem criar algo que possa apagar de nossas memórias, os momentos que fazem parte do trauma,assim como no filme, evitando assim, os Transtornos pós traumáticos.Mas, algo que acontece no filme, também pode acontecer! Se esquecemos as razões dos traumas, podemos sofre-los novamente. No Filme os personagens de Joel (Jim Carey) e Clementine (Kate Winslet), mesmo depois de apagarem a um ao outro de suas memórias por conta de um relacionamento mal-sucedido, durante todo o filme tornam a se encontrar e se apaixonar, pois o trauma foi esquecido, ou seja o relacionamento ruim, mas as maneiras como se chegam até ele não. E esta é uma falha que ninguém pode apagar. Palavras minhas? Não! De jesus, mesmo que implícitas.Em II Corintios 5:17 O Apóstolo Paulo afirma as coisas velhas já passaram e que tudo se fez novo! Legal! Posso esquecer tudo de errado que fiz e viver? Não e Sim!Não Porque o próprio mestre quando interpelado pelos Judeus a fazer justiça com a mulher pega em adultério, relembra a mesma de todos os seus erros e diz: Não peques mais! Acredito fortemente que Jesus nos ensina assim como ensinou aquela mulher. Imagine Pedro! precisou sofrer a dor do remorso apara que o amor por Cristo fosse contrastado em sua missão. Imagine Paulo, precisou matar Cristãos para dar valor a vida com Cristo e também a sua missão. Imagine Sansão, precisou se desaliançar com Deus para novamente se aliançar derrubando o lugar onde todos estavam. Para que exista nova vida, é preciso que haja arrependimento, e como vou me arrepender de algo que não fiz? Os erros precisam estar vivos em nossa memória, não tão vivos a ponto de nos derrubar, mas vivos a ponto não nos deixar cair novamente. Eu preciso do sinal de alerta em minha vida. preciso deste aviso, preciso saber que a última vez que dobrei aquela esquina as 23:15 em uma noite escura fui assaltado. Preciso saber que falar mal de alguém faz muito mais mal que falar heresias. preciso saber que se falar alto com um guarda eu posso realmente ser preso.Assim como fez com a mulher, Jesus faz comigo todos os dias. Algumas atitudes já não tomo mais.Mas que Deus é esse que ensina com sofrimento, com disciplina? É, mas fui eu Adão quem quis assim, quando precisei me sentir autonomo e me desligar da vontade de Deus. Tudo isso poderia ser evitado, estaríamos até hoje no Éden, mas...como não foi possível, Deus, misericordioso que só Ele, nos deu outra chance! Jesus ! Jesus me faz lembrar todos os dias o quanto sou dependente dele, o quanto sou inútil sem Ele. Sem Jesus, tropeço em minhas próprias limitações.A Cruz é a porta de entrada do Éden, prego-me ali e faço tudo como deveria ter sido feito desde o início.Recordar quem eu sou, ensina-me quem Deus é !
12 julho 2010
Relatório São Tomé e Principe
Sobre tudo isso, revesti-vos de amor, que é o vínculo da rfeição. Clss3:14
Novos testamentos:
Nosso pedidos constantes são pelo Pepe (que pretendemos abrir até outubro, quando começa o ano letivo daqui, mas ainda precisamos de muitos recursos) e pela água e pela energia. Um dia estava reunida com as mães e fomos dividir os pedidos de oração, então a Jacinta (uma da únicas mães convertidas e fiéis) pediu para que chegasse energia elétrica em Nova Olinda. Todas as mães riram dela, dizendo que isso nunca iria acontecer. Ela ficou bem séria e disse, aqui também nunca teve água, a Renata orou e agora temos água no quintal!(porque lá não tinha água perto, as mulheres precisavam andar muito para conseguir água pra casa e lavar roupa)
Nosso pedidos constantes são pelo Pepe (que pretendemos abrir até outubro, quando começa o ano letivo daqui, mas ainda precisamos de muitos recursos) e pela água e pela energia. Um dia estava reunida com as mães e fomos dividir os pedidos de oração, então a Jacinta (uma da únicas mães convertidas e fiéis) pediu para que chegasse energia elétrica em Nova Olinda. Todas as mães riram dela, dizendo que isso nunca iria acontecer. Ela ficou bem séria e disse, aqui também nunca teve água, a Renata orou e agora temos água no quintal!(porque lá não tinha água perto, as mulheres precisavam andar muito para conseguir água pra casa e lavar roupa)Poste de Energia:
Quando ela disse isso, meu coração gelou (oh Senhor, tem misericórdia de mim) Nós oramos naquela manha, um final de semana antes da festa. Neste final de semana então eu estava lá, reuni com os jovens que querem se batizar, mas sentia que o tempo todo estavam muito agitados olhando para a movimentação do lado de fora, e eu tava preocupada porque vi muita gente diferente lá e pensava que era por causa da festa. No final da minha reunião com a classe de batismo fomos orar, e eu orei pelos pedidos de sempre (agradeci pela água, agradeci pela creche que pela fé vamos começar em outubro e pedi pela energia) quando terminei de orar, o Felicio disse, agora vamos agradecer pela energia que já chegou. Eu perguntei, o que?Ele disse: Rê não viu? Aqueles homens estão colocando o poste! Eu saí pro quintal pra ver, toda aquela gente diferente eram os homens que estavam colocando os postes, minha garganta ficou com um choro preso, olhei em toda região, só colocaram 2 postes, um no centro da comunidade e o outro em frente a casa da Jacinta (a mãe que creu!).
Quando ela disse isso, meu coração gelou (oh Senhor, tem misericórdia de mim) Nós oramos naquela manha, um final de semana antes da festa. Neste final de semana então eu estava lá, reuni com os jovens que querem se batizar, mas sentia que o tempo todo estavam muito agitados olhando para a movimentação do lado de fora, e eu tava preocupada porque vi muita gente diferente lá e pensava que era por causa da festa. No final da minha reunião com a classe de batismo fomos orar, e eu orei pelos pedidos de sempre (agradeci pela água, agradeci pela creche que pela fé vamos começar em outubro e pedi pela energia) quando terminei de orar, o Felicio disse, agora vamos agradecer pela energia que já chegou. Eu perguntei, o que?Ele disse: Rê não viu? Aqueles homens estão colocando o poste! Eu saí pro quintal pra ver, toda aquela gente diferente eram os homens que estavam colocando os postes, minha garganta ficou com um choro preso, olhei em toda região, só colocaram 2 postes, um no centro da comunidade e o outro em frente a casa da Jacinta (a mãe que creu!).Jacintaa, Helena e eu:
Andei por lá perguntando pras pessoas quem tinha tido a iniciativa de por energia ali, ninguém sabe quem mandou colocar. Um dos senhores mais velhos da região veio conversar comigo que há 6 anos ele faz pedido pra Cia e energia pra por luz lá e nada, ele já tinha desistido. Eu só posso exaltar o nome do Senhor, pois Ele tem feito muito mais além do que tudo que eu possa imaginar! GLÓRIAS A DEUS! Na noite da festa levei o lap pra passar filme dentro da casa pra quem quisesse ir ver, porque lá ainda não tem energia elétrica (tão esperando o poste ficar firme pra ligar os fios). Essa foi uma estratégia para que quem da comunidade estivesse conosco não se contaminasse com as coisas da festa. A casa ficou lotada! Claro que não é uma casa grande (hehe)mas tinha gente em pé. E foi uma benção! No dia seguinte fui, como quem não quer nada, perguntar como tinha sido a festa na noite anterior, e muitos disseram que não foram, que tava muito frio!(resposta das nossas orações!). Eu só posso agradecer a Deus por me permitir estar aqui para contemplar os milagres que Ele tem feito aqui neste país! Eu sei que Ele não precisa de mim, mas Ele quer me usar, e eu me coloco a disposição dEle hoje e pra sempre! Preciso agradecer também, pois esse mês chegaram mais 2 caixas com novos testamentos e material de evangelismo doado pela JBC-Juventude Batista Carioca, sempre presente em nosso trabalho aqui. E mais 3 caixas de Novos testamentos doados pelo Pr Eddy Tallowood Baptist Church. Glória a Deus, pois aqui não temos onde comprar esse tipo de material, não tem nenhuma livraria evangélica aqui. Necessitamos mesmo de doações, pois estamos literalmente ilhados (hehehe).
Andei por lá perguntando pras pessoas quem tinha tido a iniciativa de por energia ali, ninguém sabe quem mandou colocar. Um dos senhores mais velhos da região veio conversar comigo que há 6 anos ele faz pedido pra Cia e energia pra por luz lá e nada, ele já tinha desistido. Eu só posso exaltar o nome do Senhor, pois Ele tem feito muito mais além do que tudo que eu possa imaginar! GLÓRIAS A DEUS! Na noite da festa levei o lap pra passar filme dentro da casa pra quem quisesse ir ver, porque lá ainda não tem energia elétrica (tão esperando o poste ficar firme pra ligar os fios). Essa foi uma estratégia para que quem da comunidade estivesse conosco não se contaminasse com as coisas da festa. A casa ficou lotada! Claro que não é uma casa grande (hehe)mas tinha gente em pé. E foi uma benção! No dia seguinte fui, como quem não quer nada, perguntar como tinha sido a festa na noite anterior, e muitos disseram que não foram, que tava muito frio!(resposta das nossas orações!). Eu só posso agradecer a Deus por me permitir estar aqui para contemplar os milagres que Ele tem feito aqui neste país! Eu sei que Ele não precisa de mim, mas Ele quer me usar, e eu me coloco a disposição dEle hoje e pra sempre! Preciso agradecer também, pois esse mês chegaram mais 2 caixas com novos testamentos e material de evangelismo doado pela JBC-Juventude Batista Carioca, sempre presente em nosso trabalho aqui. E mais 3 caixas de Novos testamentos doados pelo Pr Eddy Tallowood Baptist Church. Glória a Deus, pois aqui não temos onde comprar esse tipo de material, não tem nenhuma livraria evangélica aqui. Necessitamos mesmo de doações, pois estamos literalmente ilhados (hehehe).Filme em casa:
Renata Santos de Oliveira – Radical Efetivo
São Tomé e Príncipe – São Tomé
Caixa Postal 751 - África
Pedidos de oração:Cobertura Espiritual, principalmente na área da saúde. Pelo projeto reviravolta, que ainda esta em fase de edição, para que tudo seja liberado. Pela compra de um gerador novo para o projeto CineCristo e pelas caixas de som. Quando um justo ora, milagres acontecem. Obrigada por estarem comigo nessa batalha.
Renata Santos de Oliveira – Radical Efetivo
São Tomé e Príncipe – São Tomé
Caixa Postal 751 - África
01 julho 2010
Intolerância à fé
Intolerância à fé
“Porque não me envergonho do evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê” (Romanos 1.16)
Não se espantem se o meia Kaká, da Seleção Brasileira, começar a ser “espancado” pela imprensa nos próximos dias. A imprensa detesta o Deus e a religião que Kaká professa. Senão, vejamos: “Kaká e muitos outros jogadores independentemente de suas religiões não precisam agradecer publicamente a Deus, que é representado por Jesus, Alá, Amon, Jeová, Oxalá, Brama”.
A frase acima é de Antônio Maria Filho, jornalista esportivo desde 1970 e que cobriu as últimas nove Copas do Mundo. A declaração foi postada no ‘BlogdoMaria’, na página do UOL Esportes, nesta quarta-feira (23/06/2010). Espelha, sem dúvida, a opinião que a maior parte da imprensa tem do modo como Kaká e outros jogados professam a sua fé.
Há tempos o jornalista Juca Kfouri vem reprovando publicamente, por meio de seu Blog na Internet, os agradecimentos públicos que Kaká faz a Deus. Na última segunda-feira (22/06/2010), Kaká aproveitou entrevista coletiva, e uma pergunta feita pelo filho de Juca, André Kfouri, para manifestar sua revolta contra a mordaça que parte da imprensa tenta impor a alguns jogadores de futebol.
“Há algum tempo os canhões do seu pai são disparados contra mim. A artilharia dele está voltada contra mim. Eu queria aproveitar a pergunta para responder às críticas que ele vem fazendo, e o que me deixa triste é que o problema dele comigo não é profissional, mas porque ele não aceita minha religião. Porque eu sou uma pessoa que segue Jesus Cristo. Eu o respeito como ateu, e gostaria que ele me respeitasse como [seguidor de] Jesus Cristo, como alguém que professa a fé em Jesus Cristo. Não só a mim, mas a todos os milhões de brasileiros que acreditam em Jesus Cristo”.
Poucas horas depois, Juca Kfouri voltou a atacar o jogador: “Critico sim o merchandising religioso que ele (Kaká) e outros jogadores da Seleção costumam fazer, tentando nos enfiar suas crenças goela abaixo. Um tal exagero que a Fifa tratou de proibir, depois do que houve na comemoração da Copa das Confederações”.
É notório o incômodo que a fé professada por Kaká e outros jogadores causa em parcela da mídia. A partir daí, cabe uma pergunta: por que a mídia defende tanto a liberdade (de imprensa, inclusive), condena os preconceitos e os preconceituosos, se mostra aparentemente tão liberal (tentando nos impor tantas coisas “goela abaixo”), e, entretanto, condena um simples gesto de agradecimento a Deus? Onde fica a tão defendida “liberdade de expressão”?
Como se vê, a mídia odeia a censura, mas é ávida em censurar e ditar costumes e até o modo como as pessoas devem ou não manifestar sua fé. Já é hora de reagirmos contra esse patrulhamento que a imprensa intenta contra aqueles que optaram por acreditar em Deus e na Bíblia.
Esse novo modelo de tirania disfarçada que a mídia procurar impor aos evangélicos não pode subsistir. Como cidadãos, pagadores de impostos, agentes do bem e da paz, não temos qualquer motivo para permanecer acuados ou esconder a nossa fé.
Conforme o artigo 18 da Declaração Universal dos Direitos Humanos, adotada e proclamada pelas Nações Unidas em 10 de dezembro de 1948, e que, apesar da mídia, vigora até hoje, “Toda pessoa tem direito à liberdade de pensamento, consciência e religião; este direito inclui a liberdade de mudar de religião ou crença e a liberdade de manifestar essa religião ou crença, pelo ensino, pela prática, pelo culto e pela observância, isolada ou coletivamente, em público ou em particular”.
O artigo 19, do mesmo texto, afirma que “Toda pessoa tem direito à liberdade de opinião e expressão; este direito inclui a liberdade de, sem interferência, ter opiniões e de procurar, receber e transmitir informações e idéias por quaisquer meios e independentemente de fronteiras”.
Não é a Bíblia, mas a Declaração Universal dos Direitos Humanos, tão defendida pela mídia, que garante a liberdade de crença e a livre manifestação da fé, seja ela qual for. O trecho da declaração, porém, foi e é sumariamente ignorado pela imprensa.
A própria Fifa fingiu desconhecer o texto e proibiu, na Copa do Mundo de 2010, que os jogadores de futebol manifestassem, por meio de camisas, a fé em Deus. Tudo porque, na final Copa das Confederações, em 2009, os jogadores fizeram uma espécie de culto no gramado.
“O Brasil só não foi punido porque a oração foi feita após a partida. Sete anos antes, na conquista do pentacampeonato, o comportamento dos jogadores já era alvo da observação da Fifa, que mostrou descontentamento com o que teria considerado excesso de referências religiosas”, registrou um site evangélico.
Na Copa da África, para fugir da nova regra imposta pela Fifa, Kaká mandou imprimir na parte superior da chuteira, popularmente chamada de “língua da chuteira”, a frase “Jesus in first place” (Jesus em primeiro lugar). Praticamente isolado, Kaká tenta reagir ao patrulhamento da Fifa, à intolerância à fé e às imposições da mídia. Seria bom se mostrássemos que Kaká não está só.
André Alves
Jornalista
Bacharel em Comunicação Social pela Universidade Federal do Amazonas (Ufam). O autor é repórter do jornal A CRÍTICA e teve passagens pelos jornais Diário do Amazonas, Correio Amazonense e O Estado de São Paulo (free lancer).
“Porque não me envergonho do evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê” (Romanos 1.16)
Não se espantem se o meia Kaká, da Seleção Brasileira, começar a ser “espancado” pela imprensa nos próximos dias. A imprensa detesta o Deus e a religião que Kaká professa. Senão, vejamos: “Kaká e muitos outros jogadores independentemente de suas religiões não precisam agradecer publicamente a Deus, que é representado por Jesus, Alá, Amon, Jeová, Oxalá, Brama”.
A frase acima é de Antônio Maria Filho, jornalista esportivo desde 1970 e que cobriu as últimas nove Copas do Mundo. A declaração foi postada no ‘BlogdoMaria’, na página do UOL Esportes, nesta quarta-feira (23/06/2010). Espelha, sem dúvida, a opinião que a maior parte da imprensa tem do modo como Kaká e outros jogados professam a sua fé.
Há tempos o jornalista Juca Kfouri vem reprovando publicamente, por meio de seu Blog na Internet, os agradecimentos públicos que Kaká faz a Deus. Na última segunda-feira (22/06/2010), Kaká aproveitou entrevista coletiva, e uma pergunta feita pelo filho de Juca, André Kfouri, para manifestar sua revolta contra a mordaça que parte da imprensa tenta impor a alguns jogadores de futebol.
“Há algum tempo os canhões do seu pai são disparados contra mim. A artilharia dele está voltada contra mim. Eu queria aproveitar a pergunta para responder às críticas que ele vem fazendo, e o que me deixa triste é que o problema dele comigo não é profissional, mas porque ele não aceita minha religião. Porque eu sou uma pessoa que segue Jesus Cristo. Eu o respeito como ateu, e gostaria que ele me respeitasse como [seguidor de] Jesus Cristo, como alguém que professa a fé em Jesus Cristo. Não só a mim, mas a todos os milhões de brasileiros que acreditam em Jesus Cristo”.
Poucas horas depois, Juca Kfouri voltou a atacar o jogador: “Critico sim o merchandising religioso que ele (Kaká) e outros jogadores da Seleção costumam fazer, tentando nos enfiar suas crenças goela abaixo. Um tal exagero que a Fifa tratou de proibir, depois do que houve na comemoração da Copa das Confederações”.
É notório o incômodo que a fé professada por Kaká e outros jogadores causa em parcela da mídia. A partir daí, cabe uma pergunta: por que a mídia defende tanto a liberdade (de imprensa, inclusive), condena os preconceitos e os preconceituosos, se mostra aparentemente tão liberal (tentando nos impor tantas coisas “goela abaixo”), e, entretanto, condena um simples gesto de agradecimento a Deus? Onde fica a tão defendida “liberdade de expressão”?
Como se vê, a mídia odeia a censura, mas é ávida em censurar e ditar costumes e até o modo como as pessoas devem ou não manifestar sua fé. Já é hora de reagirmos contra esse patrulhamento que a imprensa intenta contra aqueles que optaram por acreditar em Deus e na Bíblia.
Esse novo modelo de tirania disfarçada que a mídia procurar impor aos evangélicos não pode subsistir. Como cidadãos, pagadores de impostos, agentes do bem e da paz, não temos qualquer motivo para permanecer acuados ou esconder a nossa fé.
Conforme o artigo 18 da Declaração Universal dos Direitos Humanos, adotada e proclamada pelas Nações Unidas em 10 de dezembro de 1948, e que, apesar da mídia, vigora até hoje, “Toda pessoa tem direito à liberdade de pensamento, consciência e religião; este direito inclui a liberdade de mudar de religião ou crença e a liberdade de manifestar essa religião ou crença, pelo ensino, pela prática, pelo culto e pela observância, isolada ou coletivamente, em público ou em particular”.
O artigo 19, do mesmo texto, afirma que “Toda pessoa tem direito à liberdade de opinião e expressão; este direito inclui a liberdade de, sem interferência, ter opiniões e de procurar, receber e transmitir informações e idéias por quaisquer meios e independentemente de fronteiras”.
Não é a Bíblia, mas a Declaração Universal dos Direitos Humanos, tão defendida pela mídia, que garante a liberdade de crença e a livre manifestação da fé, seja ela qual for. O trecho da declaração, porém, foi e é sumariamente ignorado pela imprensa.
A própria Fifa fingiu desconhecer o texto e proibiu, na Copa do Mundo de 2010, que os jogadores de futebol manifestassem, por meio de camisas, a fé em Deus. Tudo porque, na final Copa das Confederações, em 2009, os jogadores fizeram uma espécie de culto no gramado.
“O Brasil só não foi punido porque a oração foi feita após a partida. Sete anos antes, na conquista do pentacampeonato, o comportamento dos jogadores já era alvo da observação da Fifa, que mostrou descontentamento com o que teria considerado excesso de referências religiosas”, registrou um site evangélico.
Na Copa da África, para fugir da nova regra imposta pela Fifa, Kaká mandou imprimir na parte superior da chuteira, popularmente chamada de “língua da chuteira”, a frase “Jesus in first place” (Jesus em primeiro lugar). Praticamente isolado, Kaká tenta reagir ao patrulhamento da Fifa, à intolerância à fé e às imposições da mídia. Seria bom se mostrássemos que Kaká não está só.
André Alves
Jornalista
Bacharel em Comunicação Social pela Universidade Federal do Amazonas (Ufam). O autor é repórter do jornal A CRÍTICA e teve passagens pelos jornais Diário do Amazonas, Correio Amazonense e O Estado de São Paulo (free lancer).
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