20 outubro 2008

Eu hei de vê-los um dia (Parte 1)



“E dar-vos-ei pastores segundo o meu coração, os quais vos apascentarão com ciência e com inteligência” Jeremias 3:15
Estou convencido de que Deus está nos chamando para um novo tempo, e apesar da simplicidade no qual ele nos chama, existe duas situações que nos atormentam demais uma é como entender esse chamado e a segunda é se eu estou mesmo disposto a atender esse chamado. Primeiro você descobre, depois decide se vai seguir a direção ou não. Nós temos visto muitas pessoas dentro das Igrejas, que andam sem direção, sem convicção daquilo que Deus quer pra sua vida e como ovelhas desgarradas ficam ociosas e não dão frutos, temos também fora das Igrejas, um número (diga se de passagem, bem maior) de pessoas perdidas esperando a manifestação dos Filhos de Deus (Rm 8:18) para que sejam alcançadas pelo poder redentor de Deus. Na verdade nesses dois grupos, uma só necessidade, a carência de pessoas que possam lhes ensinar a adorar ao Pai, que possa levá-los a ter um encontro Genuíno com Deus. Quando vemos em João 4:23 que Deus está a procura daqueles que o adoram em Espírito e verdade, entendemos que se há uma procura, é porque não é fácil de se achar, que não são muitos. Eu diria que é a “Grande Minoria” (Que paradoxo não?). Mas a grande novidade é que desde a fundação do mundo Deus tem levantado pessoas que busca a sua face, não suas mãos pelo que Ele pode nos dar ou fazer, mas sua face pelo que Ele é. ALELUIA! E assim alguns personagens se destacam ao longo dos anos, décadas e séculos citarei aqui três das centenas de exemplos que conhecemos: Noé, Abraão e Moisés...

Noé: “Este nos consolará dos nossos trabalhos e das fadigas de nossas mãos, nesta terra que o ETENO amaldiçoou” (Gn 5:29). 
No momento em que Deus estava farto de uma humanidade corrompida, e decidido acabar com a raça humana da face da terra, Ele encontrou um cara doido digno de fazer uma coisa , aparentemente, mais doida ainda: Construir uma arca numa época em que sequer havia sinal de chuva. Noé ouviu a voz de Deus e decidiu seguir, não se importou com as palavras contrárias ao seu projeto e tão pouco com quantas pessoas iriam ajudá-lo. Neto de Matusalém e filho de Lameque, Noé surge na décima geração depois de Adão e marca sua geração, sendo o pivô de um dos fatos mais importantes das escrituras sagradas. Somente com 600 obteve a resposta de Deus (aconteceu o dilúvio). Noé achou graça aos olhos de Deus, homem justo e íntegro que no meio da uma geração corrompida andou com Deus (Gn 6:8-9), e recebeu do Eterno a benção para si e toda a sua família com a promessa de uma fecundação próspera, multiplicando e enchendo a terra (Gn 9:1), além de mais 350 anos pós dilúvio, para viver e ver o início de uma “nova” geração.

Abraão: “Sai da tua terra, e da tua parentela, e da casa de teu pai e vem para a terra que eu te mostrar. E eu farei de ti um grande povo, e te abençoarei, e engrandecerei o teu nome, e serás bendito. Abençoarei os que te abençoarem, e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; e em ti serão benditas todas as nações da Terra” (Gn. 12,1-3). 
É parece que a tão sonhada “nova geração” não foi eterna. Na nona geração de Sem, um dos filhos de Noé, nasce Abrão, na cidade de Ur dos Caldeus, uma cidade muito antiga da Babilônia (Sim ele se tornou o pai de muitos filhos inclusive de Israel, porém o fato de ser semítico não quer dizer que era um Judeu de nascimento e não era. Se isso te choca, vai estudar um pouco mais sobre o mapa bíblico e a história do primeiro dos Patriarcas, ou comenta aqui pedindo um “post” sobre esse assunto rsrs) um homem cuja integração familiar era de dar inveja, totalmente ligado com os pais, bom filho e que cuidava da família, até que aos 75 anos depois de ouvir a voz de Deus, agiu por crer e experimentou as coisas mais esquisitas que um ser humano pudesse imaginar. Primeiro abandona sua cidade natal, pega seu Pai, sua esposa Sarai e seu sobrinho Ló, e mete o pé para um lugar que Deus ia mostrar. Como muito de nós tentou antecipar o plano de Deus e faz um filho de forma precipitada, mas Papai do Céu é bom demais com ele e o abençoa, sua esposa uma mulher que nem filho poderia ter, dá luz a um filho (Isaque, depois falo dele, senão não termino esse texto) no momento em que não tinha mais libido sexual devido a idade. Deu uma oferta (Gn 22) que só foi superado pela oferta de Deus nos dando seu filho Jesus. “E creu Abraão em Deus, e foi-lhe isso imputado como justiça, e foi chamado o amigo de Deus (Tg 2.23)...

Moisés: “E vendo o SENHOR que se virava para ver, bradou Deus a ele do meio da sarça, e disse: Moisés, Moisés. Respondeu ele: Eis-me aqui.” (Ex 3:4) 
Uma mulher deu à luz um menino e o escondeu por três meses. Depois o colocou dentro de um cesto e o largou no rio. A filha de Faraó o encontrou e o criou como filho, dando-lhe o nome de Moisés que quer dizer tirado das águas (Ex. 2:1-10). Moisés tornou-se homem, saiu do Egito e, um dia, quando apascentava o rebanho de seu sogro, viu um arbusto que estava coberto de chamas. Ao aproximar-se, viu que o arbusto não se consumia. Ali ouviu, pela primeira vez a voz do Senhor, que o mandava voltar ao Egito para libertar o seu povo. Moisés, a princípio, recusou-se por se achar incapaz, mas o Senhor, o grande Eu Sou, deu-lhe poder para falar e agir conforme a Sua palavra (Ex.4) O libertador, deixou de ser um homem de notoriedade no Egito, para ser o cara que ia aturar todo mal humor e infidelidade do povo de Israel no deserto, atravessou o mar vermelho a seco, pela fidelidade de Deus, para com seu chamado, foi alimentado no deserto, guardado do frio com uma coluna de fogo a noite e uma nuvem no sol escaldante do deserto e o mais importante não conseguia dar um passo se a presença de Deus não fosse com Ele (Ex 34:15).

Continua...
Por Ed Fonseca

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